sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Até um dia destes.......

Vou tentar colocar nesta mensagem, com muitas ou poucas palavras o que senti desde a notícia transmitida pela professora Maria João Gomes sobre a criação de um blogue até hoje, dia do seu encerramento.
Estava eu na primeira aula de Educação a Distância e e-Learning, onde a professora nos dava a conhecer o programa da unidade curricular e como iriamos ser avaliados à mesma, quando reparei no tópico “Elaboração de um e-portofólio individual”. Um Blogue, pensei logo, Meu Deus, vou ter de criar um! Logo eu, que sempre fui contra eles!!!! Virei-me para a Ana e em pânico pedi-lhe que em duas pinceladas me explicasse para que serviam e como se criavam. Gentilmente, criou-me o meu primeiro blogue, que baptizei com o nome “Inova Ensinando a Distância”. E explicou-me, mostrando-me o que ela criara para partilhar conteúdos e ideias com os seus alunos. Apercebi-me que os miúdos comentam e gostam de visitar o blogue, coisa que eu não fazia ideia.
Mais tarde em casa, comecei à procura de blogues. Bem! Existem sobre tudo e todos, tendo, cada um deles, seguidores sedentos de novas postagens. Até me ri! Como andava à margem desta ferramenta e que ideia errada fazia dela.
A fase seguinte ao nascimento é ver a criança tornar-se adulta, neste caso, ver o meu blogue crescer. Para isso tinha de colocar mensagens. E como o fazer? A primeira notícia foi colocada no início de Janeiro. Não posso afirmar que foi tudo falta de tempo, foi mesmo falta de coragem para o fazer. E foi a razão principal para não abrir o blogue a todos os leitores. Assim, se escrevesse algo errado só o meu grupo e a professora veriam. Hoje acho que fiz mal, porque não tive feedback dos outros colegas de mestrado e por essa razão também não tive coragem de lhes fazer comentários e sou sincera, só os comecei a ver na última semana de aulas. Mas fiz alguns comentários, nos dos colegas de grupo. Diverti-me imenso a ler algumas mensagens, desde a experiência do Armando Damião com as gerações de EaD, que me fez pensar imenso na tele escola, que agora confesso que sei o que é e em que consistiu, porque quando era pequena, no meu prédio, vivia uma professora primária, que durante alguns anos deu aulas na tele escola. E agora é que se vão rir: eu pensava que ela era famosa, porque trabalhava na televisão e dava aulas através da televisão para meninos que moravam longe. Que totó que eu era, afinal a minha vizinha não era famosa, simplesmente tomava conta dos miúdos enquanto ouviam e viam a aula e depois orientava-os nas suas tarefas.
Depois do nascimento, a minha criança tinha de ser alimentada, não bastava colocar a mensagem de início, tinha de ter mais coisas, um fundo adequado, que demorei horas a acertar e mesmo assim tenho um colega de grupo que não gosta muito dele, mini aplicações com os blogues dos meus colegas de grupo e esta semana, com os blogues dos colegas de turma, vídeos, links, imagens, entre outros. Esta parte foi divertida, partilhar sites de criação de imagens, sites com imagens gratuitas, que para as usarmos só tínhamos de fazer referência aos seus autores, sites para criar bandas desenhadas, morphs, blogues, wikis, webquests, jogos didácticos online e uma infinidade de coisas que me estão a passar em rodapé na cabeça. Foram muitas horas em frente ao teclado, a explicar e a explicarem-me como colocar isto no blogue, como apagar algo que fizemos errado, as tentativas frustradas de gravação das vozes para o nosso videocast, as gargalhadas ouvidas com os resultados, as horas a criar o trabalho perfeito e a curiosidade de ver o produto final, o incentivo que todos davam uns aos outros quando não tínhamos ideias ou não sabíamos o que fazer, as bandas desenhadas criadas online, a escolha das personagens. Isto não se esquece, a partilha de saberes e a construção de conhecimento que consegui realizar com os meus colegas de grupo é imensurável. Com eles tenho vivido uma verdadeira aprendizagem cooperativa e colaborativa. Tantas horas no skype, inumeras mensagens no googledocs, sem contar com os mails, sms, como a professora Maria João referiu na última aula. Tenho a certeza que estes colegas vão ficar no meu coração e serei uma seguidora das suas vidas, porque são e quero que continuem a ser meus amigos.
Aprendi muito sobre educação a distância. Ponderei bastante sobre o que li, adorei a última aula. Visualizar a criatividade e empenho demonstrado pelos meus colegas de mestrado nos temas que escolheram para trabalho de grupo, foi de louvar, desde as bandas desenhadas, o voki, os MovieMakers, a estação de rádio, o mapa mental, com tudo aprendi.
Nesta unidade curricular só fiquei triste com o pouco feedback realizado pela professora Maria João Gomes. Foi pena a professora ter tido tanto trabalho e não ter conseguido comentar os blogues à medida que eles foram amadurecendo, porque muitas vezes me senti desmotivada e pensei em não colocar mais nenhuma mensagem, visto que a professora não ia ler. Mas, até aí aprendi uma lição. Apercebi-me daquilo que os meus alunos pensam quando não lhes respondo aos mails que eles me enviam através da plataforma e respondo-lhes presencialmente, pensando eu que estou a proceder da melhor maneira e afinal, o que eles queriam era só uma confirmação da recepção da mensagem, um simples incentivo.
Para terminar, deixo-vos com um vídeo que visualizo quando estou em baixo. A mim transmite-me que, mesmo a fazer figuras tristes, temos os amigos para estarem ali connosco. Com eles aprendemos, partilhamos, mesmo longe sabemos que eles estão presentes, como no ensino a distância.
Agora é mesmo para concluir. Se fossemos a medir a minha primeira mensagem com esta via-se logo o quanto eu cresci. Deixo-vos com um PowerPoint que o Armando Damião me enviou que penso que explica um pouco o que em todo o tipo de ensino temos de ter: alguém que nos apoie, que nos acompanhe, nos ajude. Sejam Gansos e um bem haja para todos.
Beijos, até um dia destes, Zé
O Voo do Ganso

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Ciclo de Colaboração de Dan Pontefract


Este ciclo tem como base 4 Princípios – CARE:
Contínua – a colaboração deve ser contínua e ocorrer com frequência equivalente ao nosso empenho, que deve ir crescendo.

Autêntico – sempre que se colabora deve-se fazê-lo de uma forma honesta.

Receptivo – colaborar significa estar receptivo às ideias dos outros e reflectir antes de transmitir a nossa opinião.

Enriquecer – numa aprendizagem colaborativa vamos construir conhecimento e enriquecemo-nos ao mesmo tempo.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Modelo ACTIONS de Tony Bates


Se quiseres saber mais, vê este filme do Youtube


Novo Acordo Ortográfico

Sabiam que a partir do próximo ano lectivo teremos de utilizar o novo acordo ortográfico nas nossas Escolas? Tudo o que apresentarmos aos alunos ou eles a nós, terá de estar redigido mediante o novo acordo ortográfico?

Por isso, deixo-vos aqui um PowerPoint com algumas das alterações, um PDF com outras e um link de um conversor automático, totalmente gratuito, desenvolvido pelo "Instituto de Linguística Teórica e Computacional" e anunciado pela própria Ministra da Cultura, denominado Lince.

QWIKI - novo conceito de WIKI

Deixo-vos aqui o exemplo de um novo conceito de WIKI, como explica um dos seus criadores, “A Informação é uma experiência que vou conseguir ver”. E com esta QWIKI, isso é possível, se pedires informações sobre uma cidade, um animal, uma pessoa, um restaurante, terás acesso à mesma, não sendo no entanto gerada pelo homem, mas pela máquina. Conseguirás interagir com a plataforma desta QWIKI e até quem sabe acordar com o seu despertar, informando-te da temperatura que faz lá fora, o dia da semana, avisando-te dos teus compromissos do dia e muito mais….
Não acreditas? Regista-te e faz como eu, procurei a minha cidade, Espinho e a “menina” começou a falar-me dela, incrível.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Evolução tecnológica e modelos de educação a distância: Do ensino por correspondência ao mobile learning

Trabalho de grupo: Ana Luísa Curto; Armando Damião Alves; Armando Lino Lopes; Maria José Álvares e Paula Cristina Melo
A associação entre a tecnologia e a educação é uma realidade há muito estabelecida, quer no contexto do ensino presencial quer no do ensino a distância, implicando alterações mais ou menos profundas nos modos como se ensina e aprende.
Com a evolução tecnológica e o novo paradigma da Web 2.0, o sistema educativo foi confrontado com a necessidade de inovar as suas abordagens pedagógicas, tanto ao nível do ensino presencial como ao nível do ensino a distância. Neste contexto de mudanças tecnológicas, o ensino a distância foi progressivamente ajustando as formas de produção e distribuição de materiais didácticos, com implicações nas metodologias de ensino-aprendizagem e nos processos de interacção.
Olhando agora com um pouco mais de atenção para o nosso país, e centrando-nos particularmente na área da educação, temos vivido profundas transformações. Fazendo uma retrospectiva da EaD verifica-se que ela existe desde tempos mais antigos atravessando uma constante evolução até aos dias de hoje. Reconhece-se, sem dúvida, que as tecnologias e o seu potencial são elementos determinantes para a viabilidade e o sucesso da EaD ao possibilitar a mediatização em termos dos conteúdos pedagógicos e a interacção alunos/professores, aluno/aluno e alunos/instituição (Gomes, 2008). O facto de existirem diferentes, e cada vez mais eficazes, formas de publicar, comunicar e colaborar dão origem a uma diversificação de modelos EaD.
Na primeira geração, “ensino por correspondência”, a mediatização dos conteúdos efectuada em formato papel e a sua distribuição através de correio postal, implicava que a comunicação entre professor/aluno fosse escassa e assíncrona, fazendo com que o feedback resultasse retardado no tempo. Isto conduzia à perda de interesse do aluno, devido à demora em ver resolvidas as suas dúvida. Assim, neste momento, com a massificação da informação, não se justifica este tipo de ensino.

Nos sistemas de segunda geração, o ensino a distância disponibilizava uma multiplicidade de suportes, destacando-se o audiovisual, como complemento à linguagem escrita. A televisão e a rádio passaram a ser os principais veículos de transmissão de conteúdos pedagógicos destacando-se, em Portugal, a criação da Telescola em contexto de educação formal.
Esta foi de extrema importância para a escolarização em massa de grande parte da população, colmatando a falha de formação de professores e da rede escolar que se concentrava, sobretudo, nas capitais de distrito. Apesar da modalidade síncrona de formação através das emissões radiofónicas e televisivas, com recurso a um professor tutor, a interactividade aluno-professor e aluno-aluno eram pouco frequentes. Paralelamente, verificou-se uma crescente produção e distribuição de materiais didácticos cada vez mais diversificados e que integraram os dispositivos da primeira geração numa abordagem multimédia (videogramas e audiogramas).
A terceira geração do EaD foi marcada pela interactividade entre aluno e os recursos multimédia e pela comunicação não só professor/aluno mas também entre aluno/aluno. A facilidade de os alunos conseguirem interagir através de correio electrónico é de salientar, pois a partilha de saberes promove a construção de conhecimento, deixando de ser uma aprendizagem isolada, existindo grupos que partilham interesses e saberes. A desvantagem continuou a ser a comunicação assíncrona, por vezes não tão rápida como se desejaria e ainda o facto de os alunos poderem não estar interessados em partilhar conhecimento entre si.
Na quarta geração, também designada de e-learning, os processos cognitivos dos alunos e os processos de comunicação alteraram-se de forma significativa, graças ao uso generalizado da Internet. Se numa primeira fase a Internet preconizava uma série de serviços com o principal atributo de disponibilizar um manancial de informação e conhecimento a qualquer utilizador – a Web 1.0 – numa segunda fase, esta veio possibilitar aos utilizadores produzirem e partilharem conteúdos – a Web 2.0 – através de ferramentas de edição on-line, como os blogues, wikis e podcasts. Esta nova interactividade permitiu gerar ambientes virtuais de aprendizagem colaborativa, os Learning Management System (LMS), com dispositivos para a gestão, monitorização e avaliação on-line, como o Blackboard e o Moodle.

Os conteúdos pedagógicos, mais apelativos e de acordo com as expectativas dos alunos, permitiram uma maior interactividade, não só aluno-professor, como também aluno-aluno, de forma síncrona e/ou assíncrona. Nestas comunidades on-line, a aprendizagem é contextualizada e o conhecimento pode ser mais facilmente partilhado potenciando, nos indivíduos, o sentido de autonomia e responsabilidade.

Com a generalização do uso dos telemóveis, as potencialidades técnicas dos mesmos fez nascer os chamados "nativos digitais", a geração do mobile-learning, onde professores e alunos passaram a poder estar numa situação de permanente conectividade, onde quer que estivejam, deixando o espaço físico de ser uma condicionante. Esta quinta geração pode ser uma forma de educação adequada aos jovens que comunicam, quase compulsivamente, através de mensagens electrónicas, seguindo conversas paralelas muitas vezes inacabadas, onde o tempo e espaço não constituem entraves para a aquisição de novos conhecimentos, em ambientes marcados por intensa interacção.

Os “ambientes virtuais” são a característica da 6ª geração, constituindo o second life um dos exemplos. É aliciante a possibilidade de construir uma vida paralela, diferente da vida real, encarnando uma personagem num espaço espaço imaginário, idealizados por cada indivíduo (avatar), onde podemos, entre outras funcionalidades, conversar através de chats, fóruns, e até por voz, com a hipótese de guardar apresentações. Ser multitarefa é o sonho de qualquer um – conseguir dedicar-se ao desporto, à política, ao ensino em simultâneo.

Como refere Mattar (sd, p.7) “(…) o aprendiz convive na realidade virtual com a imagem da informação, podendo aliar a imagem a textos, sons e vídeos, reflectir, questionar e fazer anotações, modificar o mundo ao seu redor e inclusive construir novos ambientes.”. As vantagens da comunicação síncrona, o feedback directo, a construção de conhecimento através da vivência de acontecimentos, são potencialidades que se destacam nos exemplos referidos por Pita (2008). Mais do que noutra geração de EaD, a organização pelo professor de situações de aprendizagem, inspiradas pelo modelo tradicional, restringe as potencialidades que estes tipos de ambientes deveriam criar.
Pela particularidade de cada uma das diferentes gerações da EaD, estas não se substituem umas às outras mas complementam-se. Dependendo dos destinatários, das infra-estruturas e tecnologias disponíveis todas elas têm a sua função e lugar na EaD. As várias gerações da EaD estão presentes, muitas vezes, em articulação e em diferentes contextos a nível mundial, nacional, económico, político, social, cultural e tecnológico o que justifica a existência de todas as gerações (Gomes, 2008).
As tecnologias são manifestamente essenciais para o aprofundamento do EaD como meio de proporcionar oportunidades de formação académica e /ou profissional independentemente da hora e do lugar ultrapassando barreiras como distância, isolamento, horários laborais entre outras.
Em jeito de conclusão, são visíveis as vantagens que o EaD pode usufruir do desenvolvimento das novas tecnologias, possibilitando o acesso à educação a um elevado número de pessoas e criando condições de sustentabilidade e rentabilidade para as instituições de ensino que fizerem do mesmo um factor crítico de sucesso.
Entre nós, o facto do EaD ainda não ser uma realidade institucionalmente assente, estando ainda numa fase de crescimento, longe da maturação, pode até ser uma vantagem pois a sua coexistência com outras realidades, permitir-lhe-á crescer de forma mais sustentada, dando melhor resposta às necessidades de todos os actores envolvidos.


Referências
Gomes, M. (2008). Na senda da inovação tecnológica na Educação a Distância. Revista Portuguesa de Pedagogia. 42-2, 181-202. Acedido em 6 Janeiro 2011, de http://hdl.handle.net/1822/8073
Mattar, J. (sd). O uso do second life como ambiente virtual de aprendizagem. Acedido em 14 Janeiro 2011, de http://www.anped.org.br/reunioes/31ra/1trabalho/GT16-4711--Int.pdf
Pita, S. (2008). As Interacções no Second Life: a comunicação entre avatares. Prisma.com, 6, 3-18. Acedido em 15 Janeiro 2011, de http://prisma.cetac.up.pt/3_Interaccoes_no_Second_Live_Sara_Topete.pdf