domingo, 30 de janeiro de 2011

Teorias da Educação a Distância


Teoria da Industrialização
Segundo Otto Peters existem semelhanças entre o processo de produção industrial e o processo de educação a distância, afirmando que a EaD “é um produto da sociedade industrializada” e a divisão de tarefas do processo industrial aplica-se à educação, mas aqui as divisões das actividades do professor são realizadas por actores distintos. Acrescenta ainda que as “linhas de montagem” do processo industrial aplicam-se à EaD porque este está organizado por fases que são da responsabilidade de várias entidades (professores, tutores, administração). Outros aspectos do processo industrial como a “produção em massa” e o “planeamento” também são aplicados na EaD onde grandes quantidades de materiais educativos são produzidas por especialistas para serem transmitidas a inúmeros alunos, envolvendo grandes quantidades de investimentos iniciais. Mesmo com estas semelhanças Peters recusa afirmar que é um defensor da aplicação do processo industrial no processo da educação a distância.



Teoria da autonomia e independência

Foram vários os autores que defendem esta teoria:
Rudolf Manfred Delling - destaca a autonomia e independência do aluno, colocando em segundo plano o papel do professor e instituição, utiliza o termo “estudo a distância”.

Charles Wedemeyer – defende que a aprendizagem dos alunos é um processo natural, autónomo e independente e explica que no ensino tradicional professores e instituição impõem a dependência deste processo aos alunos.

Michael Moore – surge com um conceito novo, “Teoria da distância transacional”, que assenta em duas dimensões: no grau de autonomia atribuído ao aluno e na distância entre o professor e aluno.

Farhad Saba – Tem por base a teoria de Michael Moore e aparece com um novo conceito, “continuidade virtual”.

John Verduin e Thomas Clark – também tem por base a teoria de Michael Moore e tem por base 3 dimensões no que diz respeito ao contexto de aprendizagens: diálogo/suporte; estrutura/competência especializada; competência geral/autodeterminação.


Teorias da Interacção e Comunicação
Outra teoria que teve vários seguidores:
Borge Holmberg – propõe uma teoria de ensino a distância que parte do sentido de “pertença” e daí provem o crescimento da motivação no aluno.

David Sewart – defende o apoio que se deve dar ao aluno neste ensino a distância e à interacção que deve existir nos grupos/turmas.

John Daniel – explica que na EaD devem existir diversos tipos de actividades, quer individuais (independentes), quer de grupo (interactivas). Estas têm como finalidade a socialização e o feedback.

D. R. Garrison – refere que na EaD deve existir interdependência entre professor e aluno tendo por base o desenvolvimento tecnológico para esta interacção ser possível.

Desmond Keegan – este separa actos de ensino e actos de aprendizagem e defende a criação de ambientes de formação a distância b-learning.


Clica aqui e terás acesso a um quadro com estas e outras teorias da EaD. 


Referência bibliográfica
Gomes, M. J. (2004). Educação a Distância. Braga: Universidade do Minho – Centro de Investigação em Educação


Saibam mais visualizando esta apresentação criada por alunas da nossa professora Maria João Gomes.

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